Quantas vezes você já ouviu alguém dizer que um certo comportamento é “frescura”, “ultrapassado”, “coisa de velho”? Isto acontece com grande frequência nas mais diferentes sociedades, faixas etárias e faixas econômicas. É verdade que algumas regras de etiqueta podem parecer retrógradas, mas elas todas têm razão de ser.
Vamos pensar juntos, cada um de nós vem de uma família, de uma sociedade, de uma classe social diferente. Consequentemente, viemos de culturas relativamente diferentes ou muito diferentes em alguns casos. Se nós não tivessemos uma convenção de comportamentos corretos, seria muito complicado. Portanto, temos algumas regras que facilitam a convivência na sociedade como um todo.
O fato é que para cada um de nós o mínimo de etiqueta e bom comportamento é diferente. Para quem mora na praia ir de chinelo de dedo a um restaurante pode ser socialmente aceito, mas experimente fazer o mesmo em São Paulo. Tudo muda! Pense naquela pessoa que “subiu” na vida, com cada degrau subido junto sobem as exigências de etiqueta e convivência em sociedade. O que é bobagem para uma pessoa pode ser o trivial da outra. Estar atento a isto nos dá um diferencial competitivo na vida.
Ontem fui a um restaurante e um casal que sentou na mesa ao lado chamou minha atenção. Enquanto o homem comia uma massa com mariscos e se dividia entre colher e garvo para comer, a mulher com quem ele estava mal sabia pegar um garfo na mão e o levava à boca como se fosse cravá-lo em alguém. Obviamente ela estava se comportando como aprendeu na sua realidade e no mundo em que ela estava inserida segurar talheres corretamente não era uma prática comum. Mas agora que ela está vivendo experiências mais refinadas esta falta de conhecimento pode prejudicar o caminho que ela deseja buscar.
Assim como na pirâmide necessidades de Moslow, devemos buscar novo conhecimento, outro nível de etiqueta ao “subir na vida”. Pense sempre que para você tal atitude pode parecer desnecessária, mas para seu chefe isso pode comprometer sua promoção, ou mesmo contratação.
Sua imagem vai muito além do que você veste, ela é construida pelas suas atitudes e comportamentos. Lembre-se sempre de se comportar um degrau acima do seu momento socioeconômico. Desta forma, você pode evitar alguns deslizes que poderiam prejudicar seus objetivos futuros.
Sim, é claro que você tem o direito de escolher participar ou não deste código de etiqueta que o mundo convenciou. O importante mesmo é saber as formas corretas para aplicá-las de acordo com sua percepção de comportamento apropriado. Afinal, uma vez sabendo o certo, temos permissão para errar se nos for conveniente e não trouxer prejuízo à imagem pessoal ou profissional.
Vamos a algumas regrinhas básicas, então:
1. Quando alguém à mesa pede o sal, devemos sempre alcançar o saleiro e o pimenteiro.
2. Se formos passar adiante um prato para alguém mais se servir à mesa, o certo é ser sempre para o lado direito.
3. Em almoços ou jantares com grupos pequenos, começamos a comer após o anfitrião/anfitriã dar início à sua refeição.
4. Na hora de apresentar pessoas no seu ambiente de trabalho, sempre comece pela pessoa mais importante e siga a linha herárquica.
5. E na dúvida, seja cortez! É melhor errar por excesso de educação do que por falta!
É claro que tem muito mais do que isso para aprendermos se houver o desejo de passear livremente por todos os terrenos deste mundo da etiqueta. Sugiro uma pesquisa pela Internet, há muito conteúdo inteligente disponível, mas se você quiser mesmo ser fera em etiqueta, o ideal é buscar um curso bacana.
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